Projeto transforma vidro e resíduos descartados na 54ª Expofeira do AP em produtos e renda
05/09/2025
(Foto: Reprodução) Projeto transforma vidro e resíduos descartados na 54ª Expofeira do AP em produtos e renda
Durante a 54ª Expofeira, em Macapá (AP), o projeto Expoeco mostra que boa parte do lixo gerado pode ser reaproveitado. A ação vai até o fim do evento e é promovida pela empresa Vitrum - especializada em reciclagem de vidro.
O objetivo é conscientizar a população sobre o potencial dos materiais descartados e como eles podem se transformar em fonte de renda e soluções sustentáveis.
Projeto de reciclagem na Expofeira faz monitoramento de resíduos descartados
Isadora Pereira/g1
Baixe o app do g1 para ver notícias do AP em tempo real e de graça
Em toda a extensão da feira, diversas lixeiras ecológicas de papelão foram espalhadas por meio do projeto. O foco principal da empresa organizadora, são as embalagens de vidro.
No entanto, todos os tipos de resíduos são coletados e pesados em tempo real durante a feira, em um painel onde os dados são constantemente atualizados. Os materiais são separados em orgânicos, recicláveis e rejeitos.
Materiais são separados na Expofeira para reciclagem
Isadora Pereira/g1
Janaína Silvestre, CEO e fundadora da Vitrum, explica que o vidro coletado é separado por cor, em seguida é moído e transformado em uma areia especial. A etapa é uma parte do projeto de reciclagem na feira.
“A maioria das pessoas vê o lixo como algo sem valor, mas cerca de 70% a 80% dos resíduos podem ser reciclados e gerar renda para muita gente”, afirma Janaína.
Janaína Silvestre, CEO da Vitrum
Isadora Pereira/g1
O processo retoma o ciclo de criação de vidro que tem areia como matéria-prima, mas que desta vez será utilizado para a produção de outros materiais.
A areia não interage com água ou matéria orgânica, o que a torna mais resistente que a natural. O material pode ser usado na construção civil, em revestimentos e bancadas que substituem mármore e granito.
Vidro volta à sua forma original como areia
Isadora Pereira/g1
Além disso, o vidro reciclado pode ser aplicado na fabricação de vasos coloridos e como elemento filtrante em piscinas artificiais — aumentando a eficiência na retenção de impurezas.
“O vidro moído melhora a filtragem da água e reduz o tempo de limpeza. É uma solução simples, eficiente e sustentável”, destacou a CEO.
O sistema também calcula o impacto ambiental da coleta, como redução de CO₂, economia de energia e água, e geração de renda.
“Com essa tecnologia, conseguimos mostrar para a população que cada descarte correto tem um impacto direto no meio ambiente e na economia local”.
Reaproveitamento de óleo e garrafas PET
Empreendedores que trabalham com frituras recebem garrafas PET para armazenar óleo usado, que é recolhido e enviado para uma empresa que o transforma em sabão líquido e em barra.
“Esse óleo, que poderia poluir o solo e a água, vira sabão. É uma transformação que beneficia todo mundo”, comenta Janaína.
Garrafas PET também são destinadas à Associação Mulheres Virtuosas, que as transformam em vassouras. Materiais não reaproveitados no local são vendidos para outra empresa que garante a renda direta aos coletores.
Projeto de reciclagem na Expofeira faz monitoramento de resíduos descartados
Isadora Pereira/g1
O projeto também promove ações educativas. Escolas estaduais visitam o local e participam de atividades sobre reciclagem e responsabilidade ambiental. Durante a semana, serão realizadas oficinas práticas na Expofeira, para todos os visitantes na área da empresa Vitrum.
“A educação ambiental é essencial. Quando as crianças entendem o valor do lixo reciclável, elas levam esse conhecimento para casa e multiplicam o impacto. Queremos mostrar que é possível transformar o que seria lixo em algo bonito, útil e rentável. É uma nova forma de olhar para os resíduos”, conclui Janaína.
Projeto de reciclagem na Expofeira faz monitoramento de resíduos descartados
Isadora Pereira/g1
Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá
VÍDEOS com as notícias do Amapá:
p