Segurança pública é reforçada durante simulação da Petrobras em Oiapoque, no AP
26/08/2025
(Foto: Reprodução) Série mostra a perspectiva de exploração de petróleo na costa do Amapá
Uma operação especial de segurança pública está em andamento em Oiapoque, distante 590 quilômetros de Macapá, no Norte do Amapá, durante a Avaliação Pré-Operacional (APO) da Petrobras que iniciou no domingo (24) e segue sexta-feira (29).
A ação envolve policiamento reforçado, patrulhamento fluvial e terrestre, e apoio logístico para garantir que as atividades ocorram de forma segura e organizada.
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As equipes de segurança pública atuam na proteção de trabalhadores e moradores, intensificam o patrulhamento e garantem o trânsito seguro na área da operação. Participam da ação:
12° Batalhão da Polícia Militar em Oiapoque;
Companhia Fluvial do Batalhão Ambiental;
Companhia de Operações Especiais (COE/Bope);
Batalhão de Força Tática.
São usadas cinco viaturas por dia e duas embarcações para patrulhamento terrestre e fluvial.
Segurança é reforçada em Oiapoque durante simulação da Petrobras
Divulgação/Sejusp
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Diariamente, 23 policiais militares atuam na operação, divididos entre patrulhamento regular e reforço extra. Também participam equipes da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM).
Segurança é reforçada em Oiapoque durante simulação da Petrobras
Divulgação/Sejusp
A operação é coordenada pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) com o apoio de diferentes unidades policiais, e conta com a participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Petrobras e de empresas terceirizadas.
Segundo a Sejusp, a operação busca garantir tranquilidade para moradores e profissionais envolvidos na avaliação.
"A iniciativa reforça o compromisso da Segurança Pública em garantir presença e eficiência em todas as regiões do Amapá", disse Daniel Marsili, secretário de Segurança Pública.
Segurança é reforçada em Oiapoque durante simulação da Petrobras
Divulgação/Sejusp
🔍 O que é a APO
A Avaliação Pré-Operacional (APO) é uma etapa prática que testa o Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF), apresentado pela Petrobras.
O processo inclui vistorias e simulações de resgate de animais na Margem Equatorial do Amapá. A APO é uma exigência ambiental antes da liberação da licença para perfuração exploratória.
O bloco marítimo FZA-M-59, da Petrobras, fica a mais de 540 km da Foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial da Costa do Amapá.
O bloco da Petrobras está a 175 km da costa do Amapá e a cerca de 500 km da Foz do Rio Amazonas
Jornal Nacional/ Reprodução
Área no centro da discussão sobre a exploração de petróleo
A região possui uma vasta biodiversidade que poderia ser afetada em caso de um possível derramamento de óleo, o que preocupa ambientalistas. A região litorânea amapaense conta com o maior cinturão de manguezais do mundo – que se estende pela costa da Amazônia e representa 80% da cobertura do país.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Amapá é o terceiro maior estado do Brasil com uma área de 226 mil hectares de mangues, atrás do Pará (aproximadamente 390 mil hectares) e do Maranhão (505 mil hectares).
A região abriga ainda cerca de 13 mil indígenas vivendo em 56 comunidades dentro de uma área contínua de 518.454 hectares, organizada em 5 regiões: BR-156, Rio Oiapoque, Rio Uaçá, Rio Urukawá e Rio Curipi.
Infográfico mostra o local em que a Petrobras quer explorar petróleo na bacia da Foz do Amazonas
Arte/g1
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